quarta-feira, 21 de julho de 2010

Panamazônia presta homenagens com Medalha Grandes Amazônidas


Com a execução do hino da entidade, de autoria do compositor Celdo Braga, foi instalada oficialmente na noite de ontem a Associação Panamazônia, criada com a missão de integrar os povos da Amazônia Ocidental e a Panamazônia, com os oito países que possuem territórios dentro da floresta. A entidade iniciou seus trabalhos com a outorga da Medalha Grandes Amazônidas para personalidades que se destacam pela dedicação aos povos amazônicos com o trabalho que desenvolvem. O primeiro homenageado foi o jornalista e empresário Felipe Daou, considerado como um dos pioneiros do panamazonismo com o trabalho voltado para a defesa da Amazônia por meio da comunicação. Em seguida, a comenda foi entregue ao secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, pelo trabalho desenvolvido em prol da defesa da floresta e da inclusão dos governos locais nas discussões mundiais de mudanças climáticas. O evento aconteceu no auditório da Fieam, no Centro.

Marcelo Dutra ressaltou que a associação é mais uma frente de batalha que se instala em prol da Amazônia e na defesa da inclusão da floresta nas negociações que resultarão num novo protocolo a ser firmado na próxima Conferência do Clima, a COP 16, que este ano acontecerá em Cancun, no México. O presidente da entidade, Belizário Arce, explicou que o trabalho da Panamazônia será pautado pela integração solidária e no reconhecimento dos direitos e singularidades dos povos amazônidas. Belizário lembrou que os ideais da associação convergem em perfeita sintonia com os ideais defendidos pelo secretário Marcelo Dutra.

O secretário lembrou que a luta enfrentada pela Prefeitura de Manaus nasceu diante da intransigência do governo federal brasileiro de insistir em manter a Amazônia de fora das negociações de mudanças climáticas. "Temos gente, temos história e precisávamos provar que todas as decisões relativas a Amazônia ficavam em esferas nacionais e não chegavam até as populações, o ribeirinho, o homem caboclo. Era preciso trazer o debate ao nível dos governos locais. Nossa missão foi a de fazer ver ao grupo de negociadores que mantinha a Amazônia de fora que isso era um equívoco", lembrou Marcelo, referindo-se à Cúpula Amazônica de Governos Locais, realizada em outubro do ano passado em Manaus, com a participação de 22 países.

Marcelo lembrou que outra luta empreendida foi a de conseguir a autorização da CGLU (Cidades e Governos Locais Unidos), braço da ONU para os Governos Locais - para realizar a Cúpula Amazônica, que terminou com a edição de uma carta de intenções - a Carta de Manaus - que o presidente Lula incorporou por inteiro na proposta brasileira para a COP 16. "O documento que resultar da COP 16, seja qual for, trará a Amazônia na certidão de nascimento. A floresta em pé estará no próximo protocolo, corrigindo esse equívoco histórico", afirmou Dutra, emocionado. Outros homenageados da noite com a medalha Grandes Amazônidas foram a professora Rita Haical, a superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso, que foi representada no evento, a diretora geral da Fucapi, Isa Assef, o diretor geral do Sebrae, Nelson Rocha, o professor José Seráfico, o ex-reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Carlos Eduardo de Souza Gonçalves. Foram feitas também homenagens póstumas ao senador Jeferson Perez, e Nilton Lins.

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