Semmas avalia danos ambientais causados pelo acidente no Porto Chibatão

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) voltaram na manhã desta segunda-feira ao Porto Chibatão, localizado na Colônia Oliveira Machado, Zona Sul, para dar continuidade ao trabalho de monitoramento dos danos ambientais causados pelo desbarrancamento que soterrou e levou para o rio contêineres, empilhadeiras e carretas, que se encontravam estacionadas no pátio de manobra e estocagem do empreendimento. Os fiscais notificaram os responsáveis pelo empreendimento a apresentar o licenciamento ambiental do porto num prazo de 24 horas, inclusive com a relação de todos os contêineres com os respectivos conteúdos que se encontravam estocados para verificar o tipo de material armazenado.

De acordo com o diretor de Qualidade e Controle Ambiental da Semmas, Norberto Magno, os responsáveis pelo empreendimento informaram não haver nenhum contêiner com produtos químicos porque os depósitos contêm apenas material acabado e não matéria-prima. No domingo, os fiscais estiveram no local após receberem a denúncia pelo 08000-92-2000. “A área ainda estava instável e foi possível fazer apenas uma avaliação parcial do que havia ocorrido. Por isso, marcamos para hoje uma vistoria no local”, afirmou Norberto Magno. Entre os produtos estocados, estão embalagens com produtos plásticos descartáveis e alimentíceos.

Laudos apontarão normas de segurança a serem adotadas no Porto Chibatão

A área do porto já está isolada. Já no domingo, os funcionários do Chibatão haviam providenciado a colocação de bóias de contenção para evitar que manchas de óleo se espalhassem no rio. A movimentação de carretas e navios está suspensa na área.

Os resultados dos estudos técnicos realizados pelas equipes da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), na área de deslizamento do Porto Chibatão, localizado no bairro Colônia Oliveira Machado, Zona Sul de Manaus, serão discutidos em uma reunião, no início desta tarde, entre os responsáveis pelas vistorias e o comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, coronel Antônio Dias.

As conclusões das duas análises, de acordo com Dias serão avaliadas para que os Bombeiros possam ter um parecer final sobre as condições do local, além de servirem também para a emissão de um documento – contendo algumas orientações, adequações e normas de segurança -, que será entregue ao empresário José Ferreira de Oliveira, mais conhecido como "Passarão", dono do porto Chibatão, bem como para delimitar as áreas, próximias ao trecho do acidente, que deverão ser interditadas.

“Há poucas divergências entre os laudos. A reunião será mais para discutir alguns aspectos concernentes a segurança”, informa ele. O porto destaca, o comandante dos Bombeiros, terá que cumprir algumas normas de segurança - que serão estabelecidas a partir dos dois laudos técnicos -, e que deverão ser fiscalizadas pelo município e monitoradas pelo Corpo de Bombeiros.

Manaus fornece subsídios para as estratégias de REDD dos Governos Locais atuação global para o clima

A Prefeitura de Manaus fornecerá subsídios para o desenvolvimento das estratégias de REDD (Redução das Emissões por Desmatamento), com vistas a construção de caminhos para que os governos locais possam atuar da defesa do mecanismo como instrumento válido para mitigação das emissões de Carbono (CO2). O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, da Prefeitura de Manaus, Marcelo Dutra, que representou o prefeito Amazonino Mendes, semana passada, na última rodada de negociações da Convenção para Mudanças Climáticas antes da COP-16, o Climate Talks, na cidade de Tianjin, Nordeste da China, ressaltou os esforços que os governos locais vem desenvolvendo na defesa do mecanismo de REDD e a influência exercida por estes nos subsídios à posição brasileira na Convenção. Além de apresentar os modelos de gestão local, Marcelo Dutra defendeu um modelo de governança descentralizada das florestas, que integrará nova fase de atuação global pelos governos locais para o clima.

As novas linhas de atuação deverão ser lançadas na Cidade do México, no próximo dia 21 de novembro, onde será realizada a Cúpula Mundial de Prefeitos pelo Clima. No evento, que reunirá os principais prefeitos do mundo, o grupo de negociadores composto por Manaus (Brasil), Nantes (França), Cidade do México (México), Vancouver (Canadá), entre outros, apresentará um relatório apontando os avanços do trabalho feito pelo grupo entre 2009 e 2010, e que resultou na inclusão dos governos locais no texto que deve ser aprovado em Cancun, durante a COP-16, em dezembro.

Durante o Climate Talks, em Tianjin, Rafel Iguarta, representante da Cidade do México, apresentou a iniciativa que os governos locais adotarão na Cidade do México, através da adoção de um registro sistematizado das informações e ações das cidades e dos governos locais para o clima, tornando assim estas ações mensuráveis, reportáveis e verificáveis, podendo assim aceder com maior facilidade à estrutura de apoio tecnológico e financeiro a ser desenhado a partir da próxima Conferência das Partes em Cancún. Ronan Dantec, porta voz da CGLU-Cidades e Governos Locais Unidos, apresentou os pontos específicos da agenda de negociação que os governos locais vêm advogando junto às Partes na Convenção do Clima

No encontro, representantes da Academia Chinesa de Ciências Sociais aderiram ao trabalho do grupo de governos locais junto aos negociadores da ONU, e apresentaram os avanços implementados por províncias e cidades chinesas no combate ao aquecimento global, que hoje é uma prioridade estratégica para o governo central do país, fato que pode ser comprovado pela liderança global da China nos projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo-MDL.

A Prefeitura de Manaus participou das três rodadas de negociações pré-COP 16, organizadas em parceria pela CGLU- Cidades e Governos Locais Unidos, o ICLEI-Governos Locais para a Sustentabilidade e WMFCC- Fórum Mundial de Prefeitos para o Clima, entidades às quais a cidade de Manaus é afiliada. As duas primeiras na cidade de Bonn, na Alemanha, e a última, presidida por David Cadman, presidente do ICLEI Internacional e vereador da cidade de Vancouver, na cidade chinesa de Tianjin.

PMM avalia secar Lagoa do Japiim

A Prefeitura de Manaus estuda secar o Parque Lagoa do Japiim, localizado no bairro de mesmo nome, na zona sul, para retirar todos os resíduos que estão depositados na lagoa que recebe o esgoto, sem tratamento, de pelo menos 600 casas. Muitos Moradores têm reclamado do forte odor que exala do local.

A informação é do secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Marcelo Dutra, que acredita que decisão sobre esvaziamento da lagoa deve ser tomada em até 15 dias. O parque custou ao município R$ 6 milhões e as obras da segunda etapa estão paralisadas.

O parque foi inaugurado sem a conclusão da estação de tratamento de esgoto. E julho deste ano, a lagoa passou por um novo tratamento químico para neutralizar o odor, após denúncias de que o problema havia aumentado.

Ontem, Dutra informou que a Semmas está avaliando, além de secar a lagoa, construir uma estação ecológica de tratamento para tratar o esgoto. “Será uma solução definitiva: drenar e construir uma estação que vai impedir que o lago volte a ser poluído”, disse. “Depois de drenar, a retirada dos resíduos será manual”, Completa.