Manaus - Cerca de 30 moradores da invasão “Boca do Jacaré” reuniram-se na manhã desta sexta-feira (30) aguardando a chegada dos agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas), que iriam fazer a retirada das famílias que estão morando numa área proibida. Segundo os moradores, pelo menos 800 pessoas moram em toda a invasão. De acordo com o Chefe da Divisão de Fiscalização da Semmas, Wellington Auzier, a ação prevista para esta manhã teve que ser adiada. “Tivemos um problema de logística e vamos remarcar a retirada das pessoas daquela área para a próxima semana”, avisou.
A invasão fica numa área entre os bairros Francisca Mendes 2 e Alfredo Nascimento, na zona norte de Manaus. Segundo a Semmas, o local é considerado uma Área de Preservação Permanente e por isso não deve ser usado para moradia. “Essas pessoas precisam entender que o trabalho da secretaria é fiscalizar, monitorar e coibir essas ocupações em áreas de Preservação Permanente”, explicou Auzier.
Mariene Pereira da Costa, 36, moradora do local há nove meses, disse que nenhum órgão foi ao local conversar ou enviou notificações aos moradores. “Moro com meus filhos e esposo aqui e até hoje ninguém veio falar com a gente”, disse. A Semmas, por sua vez, informou que esse tipo de ação não demanda aviso nem notificações porque aplicaria multas às pessoas no local. “Essas pessoas já estão em área proibida. Se avisássemos seriam passiveis de multa e iriam ficar com mais problemas. A secretaria os retira. Nesse tipo de situação não tem que haver notificação”, disse Auzier. Ainda de acordo com Auzier, a secretaria não vai definir uma opção de moradia aos invasores. Wellington Auzier disse que “se as pessoas quiserem procurar a Suhab (Superintendência de Habitação do Amazonas), é um direito deles”, mas que a Semmas não terá nenhum papel nessa negociação.
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