domingo, 16 de maio de 2010

O futuro governador.

Ouso me aventurar pelo terreno das hipóteses consistentes, evidente que através de dados observacionais, sobre a eleição em nosso Estado em Outubro próximo. Temos na verdade dois candidatos, Alfredo e Omar (a ordem é simplesmente alfabética). Com a saída de Serafim aliando-se ao candidato Alfredo, a eleição ficou plebiscitária, e para lembrar o espírito plebiscitário funciona mais efetivamente quando se trata de decidir se deve mandar embora o governante de turno, e como o governante de turno é o Omar, dependendo do apoio de Eduardo Braga, será difícil o povo mandá-lo embora.

Serafim decepcionou grande parte de seus eleitores, não por Alfredo, mais empobreceu o debate, acredito até que saia candidato ao Senado. Temos agora uma corrida de carros com apenas dois carros. Reza uma máxima eleitoral segundo a qual nunca se deve menosprezar o candidato do governo. Depende do governo, diria o (a) leitor (a).

De fato temos dois candidatos do governo, o vice-governador Omar Aziz, do governo estadual e Alfredo do Governo Federal. Ganhar eleição contra um governo bem avaliado não é para quem quer, é para quem pode. Quando o governo é mal avaliado, o candidato da oposição torna-se o franco favorito, mas oposição mesmo não existe. Omar agregará votos, e deverá crescer nas pesquisas nos próximos meses, e explico porque na minha humilde ótica de observador. Qualquer governo tem uma espécie de estoque de votos. Um colchão, um lastro de apoio. Gente que gosta do governo e vota no seu candidato. Um terço do eleitorado votaria num candidato governista. Outro terço vota contra o governo e o restante ainda está indeciso.

O apoio do governador Eduardo Braga pode ter um componente pessoal, mas tem também uma grande dose de pragmatismo. Eduardo fez um bom trabalho. Tem obras para mostrar, coisa que até a oposição reconhece. Omar pode não ser um exemplo de carisma, mas tem experiência suficiente para passar uma imagem de sério, competente e trabalhador, perfil que agrada o eleitorado, especialmente aquele terço ainda indeciso.

A máquina do governo pode desempatar esse jogo a favor de Omar. Os itens alinhavados acima não garantem que Omar ganhará a eleição. Não garantem nem mesmo que haja segundo turno, tanto para a vitória de Alfredo, como a de Omar. Existem componentes que devem contribuir para que o nome que cresça e se torne competitivo nos próximos meses, atraia apoios políticos e financeiros consistentes. O favorito para ganhar a eleição? Sinceramente não sei.

Alfredo conta com um eleitorado consistente, aliado ao fato do apoio do Presidente Lula, muito bem avaliado. Omar além da máquina governamental deverá ter o apoio do Prefeito Amazonino, que hoje é um importante agregador de votos.

O fato é que não aposto neste momento em ninguém, só aposto que o eleitor não mais se deixará enganar com promessas tipicamente alternativas, além do que no horário eleitoral gratuito, os candidatos terão chances de mostrar que seus governos foram sérios, competentes, e que proporão soluções para o ainda caótico estado em que se encontram os municípios amazonenses. O debate político anda vazio de idéias e vamos aguardar para que essa campanha mude este cenário.

* O artigo acima é de responsabilidade do autor. Não reflete a opinião do Blog dos barés, Portal Amazônia ou do grupo Rede Amazônica. Opiniões devem ser enviadas para lauriaferreira@hotmail.com

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